domingo, 23 de fevereiro de 2014

Entenda a evolução e as principais diferenças entre os cartões de memória

Conheça um pouco mais sobre a evolução dos cartões de memória das câmeras digitais e saiba quas são as diferenças entre os modelos mais populares disponíveis no mercado.


Um pouco da história dos cartões de memória (Foto: Adriano Hamaguchi/TechTudo)Um pouco da história dos cartões de memória

Cartão de memória é algo semelhante ao “pen drive das câmeras digitais”, onde imagens, vídeos e outras informações são armazenados. E por mais que possa parecer estranho, as câmeras têm um funcionamento semelhante aos computadores.
A imagem capturada pelo sensor é transformada em dados, estes dados são processados, tratados, compactados e depois são salvos no cartão de memória. Quanto maior a resolução, maior é a imagem, assim como o tamanho arquivo. E para que tudo possa funcionar bem, a performance dos componentes deve ser proporcional à velocidade que o cartão consegue armazenar dados.
Há vários tipos de formato de cartões, e um mesmo tipo de cartão pode ter “velocidades” diferentes. Os formatos são identificado pelas siglas (SD, XD, microSD por exemplo) e a velocidade é determinada pela “classe” (“C”). A capacidade de armazenamento pode variar bastante, e é indicada pela sigla “GB” (gigabyte).
cartoes-memoria-siglas-01Esquema ilustrado mostra o significado das siglas de um cartão de memória SD para câmera digital (Foto: Adriano Hamaguchi/TechTudo)
O importante é saber qual cartão comprar para aproveitar todos os recursos da câmera e contar com uma capacidade que permita fotografar e filmar sem se preocupação constante de lotar o cartão.
A evolução dos cartões
Marcos importantes da evolução dos cartões de memória (Foto: Reprodução/Adriano Hamaguchi)Marcos importantes da evolução dos cartões de memória
As primeiras câmera digitais tinham 3 megapixel, e hoje os modelos mais básicos já oferecem 16 megapixel. Há de se concluir que os cartões de memória precisaram evoluir bastante.
Antes de serem utilizados em câmeras digitais, os cartões eram utilizados como disquetes de computador. O cartão PCMCIA foi lançado em 1991, e ele se conectava ao computador pela mesma entrada em que eram conectados placas de rede externas, placas de som externas e modems, por exemplo.
Depois veio o cartão CompactFlash (cartão de memória compacto), criado pela SanDisk, um pouco menor que o PCMCIA, mas também tinha sérias limitações de capacidade de armazenamento. Em seguida vieram o SmartMediaCard (SMC), o MultiMediaCard (MMC) o RS-MMC / MMCMobile e o pen drive, em 1999.
Também em 99 foi lançado o cartão “Secure Digital – SD” (Cartão Digital Seguro). Ele recebeu este nome por oferecer mecanismos que proteção de direitos autorais, que evitam o compartilhamento de arquivos. O emprego deste tipo de cartão em dispositivos móveis foi muito bem aceito. Tanto que a Sony e a Olympus optaram por criar seus próprios cartões, para serem utilizados em seus equipamentos. O cartão xD foi criado em 2002 pela Olympus, e a Sony criou o Memory Stick.
Em 2004, os cartões SD de alta capacidade, o SDHC (HC – High Capacity) foram introduzidos no mercado, e em 2009 os cartões SDXC deram o ar de sua graça, oferecendo um novo patamar de capacidade e performance. Mesmo com o lançamento da tecnologia SDXC, o SDHC não foi descontinuado. Novos recursos foram desenvolvidos para aumentar sua capacidade e aumentar a velocidade de gravação.
Cada empresa tenta emplacar o seu modelo, e nesta disputa, os SD levaram a melhor, tendo sua tecnologia empresa na maior parte dos gadgets e câmeras digitais. Até mesmo as câmeras da Olympus e da Sony adotaram o padrão SD.
Em 2012, a organização CompactFlash que cuida da regulamentação e padronização dos desta tecnologia anunciou o padrão CFast 2.0, com a promessa de oferecer mais que o dobro de velocidade aos cartões da época. Em 2013 a SanDisk lançou o primeiro cartão com esta arquitetura, com velocidade de leitura de até 450 MB por segundo e gravação de 350 MB por segundo. E esta tem sido a opção das fabricantes de câmeras profissionais avançadas.
Longe das possibilidades dos usuários iniciantes, estão os cartões XQD. Este é um novo padrão disponível em câmeras super avançadas, e oferecem as maiores velocidades de gravação e leitura. A estrutura física do cartão tem um acabamento mais aprimorado, facilitando o encaixe e remoção da câmera, sem o risco de danificar os conectores. Apesar da performance de ponta, a capacidade de armazenamento destes cartões ainda não chegou aos 512 GB, e isto pode ser uma limitação considerável.
cartoes-memoria-tabela-compatibilidade-01Tabela mostra alguns modelos de câmeras básicas e avanças seus respectivos cartões compatíveis
Seria arriscado dizer que o padrão XQD se tornará o padrão das próximas gerações de câmeras avançadas. O que podemos afirmar, é que a dobradinha CompactFlash + XQD, recurso da DSLR Nikon D4, pode ser uma combinação interessante para trabalhos que exigem o máximo de desempenho de equipamentos avançados, e que dificilmente será adotado em câmeras inferiores caso os valores não sejam reduzidos drasticamente.
A tendência é que a velocidade e a capacidade de armazenamento aumentem proporcionalmente, acompanhando o “peso” das imagens geradas pelos novos modelos de câmeras, incorporando novas funcionalidades.
Algumas dessas funcionalidades serão populares, outras nem tanto. Os sistemas criados com a intenção de proteger as imagens contra compartilhamento é um recurso ainda desconhecido por muitos. E os cartões com a tecnologia Eye-Fi por exemplo, que permitem transferir imagens para dispositivos sem a necessidade de cabos, mas que também não se tornaram tão populares quanto o esperado.
Com erros e acertos, a indústria dos dos cartões continua sua caminhada rumo aos cartões com terabytes de capacidade.
Os principais modelos de cartões encontrados no mercado
cartoes-memoria-vendidos-atualmenteTabela comparativa com os principais modelos de cartão de memória para câmeras digitais
A tecnologia SD tem sido o formato mais adotado pelos modelos recentes de câmeras básicas a avançadas, e isto é bom para nós usuários, pois quando os fabricantes adotam um padrão, significa que podemos utilizar o mesmo cartão de memória em diferentes equipamentos.
Quando analisamos o quesito velocidade, é preciso lembrar que existem dois tipos importantes: leitura e gravação. Para gravar vídeos Full HD (1080p) com cartões SD, é recomendável o uso de um cartão “classe 10″. Em alguns casos, é até possível usar cartões inferiores, mas não será possível filmar com a resolução máxima da câmera, e a captura das imagens em modo contínuo, será mais lenta que o esperado, ou seja, o cartão de memória será o “gargalo”.
Em câmeras profissionais avançadas, os cartões utilizados são os CompactFlash, que possuem velocidades e capacidade significativamente maiores. Enquanto os cartões SD mais avançados fazem gravações com a velocidade mínima garantida de 30 MB por segundo, os cartões CompactFlash mais avançados garantem a mínima de 65 MB por segundo.
cartoes-memoria-siglas-cartao-cfEsquema mostra os recursos de um cartão CompactFlash, usado em câmeras digitais avançadas
As dimensões dos cartões CompactFlash “Tipo I” e “Tipo II” são diferentes. Os cartões Tipo II são um pouco mais espessos (5,5 mm de espessura). Há câmeras que aceitam apenas um destes formatos e outras que aceitam os dois formatos.
cartoes-memoria-tipos-cflash-01Cartão CompactFlash Tipo II, à equerda, é mais espesso que o cartão CompactFlash Tipo I, à direita (Foto: Reprodução/Nikon)
Seus valores também são proporcionais às suas capacidades. Enquanto um cartão SDXC de 64 GB pode ser encontrado por cerca R$ 380, o CompactFlash também de 64 GB é vendido a cerca de R$ 900.
Em relação à capacidade de armazenamento, é bom lembrar que o volume máximo aumenta de acordo com a evolução dos cartões mais adotados pelas câmeras. Os cartões CompactFlash por exemplo, possuem versões que armazenam até 512 GB, e os últimos SD já chegaram aos 128 GB.
Para gravação de vídeos em 3D ou com a resolução de 4K, é recomendável a utilização de cartões mais rápidos, como os que com contam com a tecnologia UHS que garante uma velocidade de gravação mínima de 20 MB por segundo.
Caso o cartão não possua a velocidade adequada, a gravação do vídeo pode ser interrompida inesperadamente e o número de disparos contínuos não corresponderá ao esperado.
Algumas dicas
Um cartão de 32 GB pode atender quase todos usuários que fotografam e filmam, evitando a troca constante de cartões durante suas aventuras fotográficas. Evite remover o cartão da câmera. Quanto menos você manusear o cartão, menos riscos você corre de danificá-lo. Os conectores dos cartões (e das câmeras) são sensíveis à eletricidade estática das suas mãos, umidade, sujeira e atrito.
Para transferir as imagens para seu computador, prefira conectar sua câmera ao computador com o cabo USB e sempre guarde seus cartões adequadamente.
cartoes-memoria-cuidados-01Dicas sobre cuidados e conservação de cartões de memória (Foto: Reprodução/Nikon)
Lugar de guardar fotos não é no cartão de memória. Sempre que possível, faça o download das imagens para seu computador, e grave um DVD ou transfira para um HD externo como um backup de suas lembranças fotográficas mais importantes.
Consulte o manual da câmera, verifique quais são as especificações recomendadas e opte pelo que cartão que ofereça a melhor relação custo-benefício, entre volume de armazenamento e velocidade. Pelo andar da carruagem, você provavelmente precisará de um novo cartão de memória quando adquirir sua próxima câmera, por isso, avalie se a opção mais cara é a melhor pedida neste momento.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Tela do iPhone quebrou? Saiba o que fazer e quanto custa consertá-lo


As telas rachadas em iPhones, assim como em outros smartphones, são bastante comuns. Muitos usuários, inclusive, ficam utilizando os seus telefones quebrados por algum tempo. Entretanto, trocar o display e fazer seu smartphone ficar novinho em folha pode ser mais simples do que parece; só não é muito barato.
Confira tudo sobre o iPhone 5S e saiba se ele 'vale o preço'
iPhone 5S, da Apple (Foto: Luciana Maline/TechTudo)Apple troca telas quebradas dos iPhones

Infelizmente para quem sofre com este problema, não há suporte gratuito da Apple nem se o aparelho estiver na garantia. Afinal, ela não cobre “danos acidentais”. Porém, estas limitações não significam que a empresa não oferece uma solução. Pelo contrário. Este tipo de problema é tão comum que existe uma área dedicada a ele no site da empresa.
Como proceder
O primeiro passo para buscar o suporte da Apple neste caso é entrar no site do suporte e informar os dados pedidos. Depois, selecione a melhor maneria de fazer contato – entre a opção de bate-papo online ou telefone, por exemplo. Os contatos são bem rápidos, tudo é feito em português e as informações são bem simples.
O usuário poderá enviar o seu telefone para a Apple via correio ou procurar a assistência técnica da empresa mais próxima. Há uma lista com as lojas que oferecem este suporte no site da companhia. Busque o que for mais perto para você e, caso não encontre, basta entrar em contato com a Apple para tratar do envio pelos correios.
Nos atendimentos, a Apple pedirá informações como o modelo do telefone e o seu IMEI. Portanto, para agilizar, tenha estes dados em mãos quando for solicitar o reparo para o smartphone. Todos podem ser encontrados no próprio iPhone ou até mesmo na própria caixa do aparelho.
Quanto custará
O procedimento não é barato, mas custa bem menos do que ter que recorrer a um novo telefone. Os valores variam de acordo com o modelo do aparelho. Os preços são R$ 449 para iPhone 3G, iPhone 3GS e iPhone 4, R$ 549 para iPhone 4S e R$ 749 para os iPhone 5 e iPhone 5S. Vale lembrar que o suporte só é dado a gadgets homologados no Brasil. O iPhone 5 com modelo GSM, por exemplo, não tem suporte no país.
Apple promete consertar travamentos do iOS 7 no próximo update (Foto: Luciana Maline/TechTudo)iPhones 3, 3GS, 4 e 4S também têm suporte oficial da Apple

Em contato com o suporte técnico da Apple via telefone, é possível se informar melhor do procedimento e ter algumas informações importantes. Por exemplo, um iPhone com tela quebrada provavelmente não será reparado, mas sim trocado por outro. O processo da troca do display é trabalhoso, caro e, dependendo da “gravidade” do defeito, vale mais dar um novo iPhone ao cliente.
No entanto, a garantia deste novo aparelho não é como a de um iPhone comprado em lojas, que tem garantia de um ano. O smartphone vindo da troca tem cobertura de somente três meses (além da que já estava no plano do consumidor). Outro ponto importante, claro, é que, como costuma haver a troca dos aparelhos, os usuários perdem o os dados do telefone quebrado. Então, antes de pedir o reparo, tenha um backup dos arquivos do iPhone.
Atendimentos de terceiros
Além do suporte oficial da Apple, há diversos sites e empresas especializadas em reparo de telefones celulares que oferecem serviços de troca do display do iPhone. A promessa delas é de entregar os gadgets mais rápido, e com um preço mais em conta, além de dar ao usuário o seu próprio aparelho, e não trocá-lo por outro.
Os valores variam de acordo com as empresas, e as garantias dadas por elas também. Vale frisar que os aparelhos da Apple que estiverem dentro da garantia e forem levados a estas assistências, podem tê-la invalidada por conta de alterações no hardware. Portanto, pense bem antes de recorrer a este tipo de reparo.